Taxas e Despesas
Quem compra um imóvel não pode
esquecer de reservar dinheiro para pagar à vista,
conforme a exigência, as despesas com a escritura e o
registro da unidade nos cartórios específicos, além do
Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), cobrado
pela prefeitura.
Em Florianópolis, capital catarinense, o comprador de imóvel
com valor até R$ 39.000,00 vai pagar 0,8% do preço da
casa ou apartamento pelo registro do imóvel. Nesse caso,
os cartórios costumam calcular a despesa a ser paga pelo
novo proprietário pelo maior valor do imóvel,
considerando o valor arbitrado pela Prefeitura.
Imóveis com preço acima de R$ 39.000,00 têm registro
estabelecido em R$ 312,50 (teto de emolumentos praticado
nos cartórios de registro de imóveis da cidade), por
matrícula, mais R$ 0,40 pelo selo de fiscalização. Esse
valor é fixo, sendo pago tanto por quem compra um imóvel
de R$ 50.000,00 como por quem adquire uma unidade de R$ 1
milhão.
Já para obter a escritura do imóvel adquirido será
preciso desembolsar 1% do valor de imóveis com preço até
R$ 31.250,00. Acima desse valor - o que significa boa
parte dos imóveis comercializados em Florianópolis -
paga-se R$ 312,50, mais R$ 0,40 pelo selo de fiscalização
(teto de emolumentos dos cartórios específicos para
escritura). O preço é fixo e deve ser pago tanto por
quem compra um imóvel de classe média como por quem
adquire uma casa ou apartamento de luxo. As despesas com
certidões costumam ser cobradas à parte. Há também a
taxa referente ao ITBI, recolhido na prefeitura, e
equivalente a 2% do valor de mercado do imóvel, porém,
podendo ser arbitrado pela Prefeitura.
Em janeiro deste ano entrou em vigor mais uma taxa a ser
paga por quem adquire um imóvel, o Fundo de
Reaparelhamento do Judiciário (FRJ), que corresponde a
0,2% do maior valor da unidade, com custo limite de R$
200,00. O fundo não incide sobre atos (ou imóveis) com
valor inferior a R$ 5 mil.
Descontos por lei - A
legislação prevê descontos de 50% no valor da escritura
e do registro de imóveis financiados pelo Sistema
Financeiro da Habitação (SFH). De acordo com o
vice-presidente do Colégio Registral de Santa Catarina,
Jordan Fabrício Martins, o comprador de baixa renda que
adquire um imóvel popular vai pagar somente R$ 25,00 pelo
registro de sua unidade. As despesas com escritura também
ficariam em R$ 25,00, mas geralmente ela é realizada
juntamente com a transação de compra, no próprio banco
financiador e não em cartório, porque o contrato
efetuado tem força de escritura pública.
Esteja atento ao se interessar por um apartamento com várias
vagas na garagem. Vale checar se essas vagas têm matrículas
de registro à parte da escritura do imóvel. Isso
significa despesas maiores, porque cada vaga terá de ter
o registro feito separadamente. A boa notícia é que em
Florianópolis há redução de dois terços (2/3) no preço
do registro a partir do segundo imóvel de uma mesma
transação, e a vaga de garagem é considerada esse
segundo imóvel.
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