IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
JURERÊ, FLORIANÓPOLIS
- SANTA
CATARINA - BRASIL
HISTÓRICO
Por
volta do mês de setembro de 1998, alguns católicos moradores de
Jurerê Internacional, após entendimento com o recém ordenado
Padre Márcio Alexandre Vignoli, decidiram promover a celebração
de uma missa no pátio de um dos restaurantes da orla marítima do bairro.
A
partir daquele final de semana, as missas foram-se tornando
regulares, sempre aos sábados, embora sem lugar fixo para sua
realização. Foram celebradas missas no Restaurante El Gran
Comilón (hoje Restaurante Encanta), na antiga quadra de paddle, então existente junto
à praia, no Jurerê Praia Club (atual Jurerê Sports Center), no calçadão
do Open Shopping e na residência da família Aranha Moura,
na rua dos Pintados, 30.
Por
mais de um ano, a igreja teve "sede" em uma grande bolsa
de nylon, a qual era carregada por alguns dos voluntários
católicos pioneiros (Srª Heloísa e outros). Ali se guardavam os livros litúrgicos,
toalhas, cálices, crucifixo e imagens, velas e castiçais e outros
materiais e utensílios utilizados nas missas.
Primeiramente
denominada "Comunidade Missionária de Jurerê
Internacional", nasceu assim a Igreja
São Francisco de
Assis, cujo nome foi escolhido após uma pesquisa de opinião junto
aos fiéis que freqüentavam as missas.
Muitos
foram os celebrantes que vieram nos primeiros tempos trazer a
Palavra de Deus àquela materialmente próspera, mas carente
de Deus, comunidade. Padres de diversas paróquias, e até de outros
Estados do Brasil, diáconos, seminaristas e leigos exerceram ali
seus ministérios, todos ajudando a formar, a fortalecer e a
consolidar a Igreja Viva de hoje, que tem como patrono o humilde,
fiel e santo discípulo de Jesus Cristo, padroeiro do meio ambiente
e da ecologia, Francesco d' Assisi.
No
princípio, irmãos de outras igrejas cristãs participavam
regularmente das missas, inclusive colaborando nas celebrações e
em outros eventos. Essa
experiência inicial foi precariamente interpretado por algumas
lideranças comunitárias como passível de dar origem a um projeto
comunitário de construção de um templo religioso de uso ecumênico,
com a participação de entidades civis, a Habitasul
e Ajin. Os mentores da idéia,
aproveitando-se de suas posições de liderança junto à
Associação de Moradores e seu estreito relacionamento com a
Habitasul, pressionaram os fiéis a aceitar o projeto como único
meio de se obter por doação um terreno para construção de uma
igreja no bairro. Segundo aquelas lideranças comunitárias que
também ocupavam funções ministeriais na Igreja, ou se aceitava o
templo ecumênico ou a Habitasul não doaria o terreno para a Igreja
Católica construir o prédio da Igreja São Francisco de Assis.
Nesse caso, as missas continuariam a ser celebradas em precários e
indefinidos espaços,ou seja, continuaria a Igreja São Francisco de
Assis a ser intinerante, expondo os fiéis ao desconforto e ao
improviso.
A
futura obra comunitária seria iniciada, então, em breve, e após concluída
deveria chamar-se Igreja de Jurerê
Internacional. As igrejas que efetivamente tivessem
colaborado
na obra, a Igreja Católica, a Igreja
Evangélica Luterana do Brasil - IELB e a Igreja
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB, farião jus ao uso compartilhado do futuro templo, cuja administração e manutenção
deveria caber à Igreja Católica São Francisco de Assis, já que
congregava a grande maioria dos cristãos do bairro.
O terreno a ser doado à
comunidade pela Habitasul
Empreendimentos Imobiliários Ltda., empresa incorporadora do Loteamento Praia de
Jurerê, teria um fim específico religioso, exclusivamente, mas seria
recebido pela Associação Jurerê
Internacional. Nesse sentido, foi elaborada pela Comissão de
Assuntos Econômicos - Caep da Igreja São Francisco de Assis a
minuta do "Contrato Particular de Promessa de Doação de Imóvel e
Termo de Cessão de Posse e Direito de Uso" de um terreno com uma
área de cerca de 2.025 m2, sito junto ao trevo de acesso ao
loteamento e à praia de Daniela, entre as avenidas das Raias e dos
Salmões (foto do
terreno). Esse documento, entregue à Habitasul em fevereiro/2001,
após algumas alterações, foi aprovado e assinado em 28 de abril
de 2001. Nessa mesma ocasião, também foi apresentado o
ante-projeto do futuro prédio, o qual foi contratado pela Habitasul
junto à Mantovani & Rita Arquitetura. Mas, esse projeto sofreu
diversas alterações ao longo do tempo. A Ajin abandonou a
liderança do projeto transferindo-o a uma entidade civil
constituída sob a personalidade jurídica denominada Comunidade
Cristão do Templo de Jurerê Internacional - CCTJI, que assim se
tornava independente de qualquer entidade religiosa, pois regida por
estatuto próprio, com diretoria autônoma e com os mais amplos
poderes para decidir o destino do terreno e do projeto
arquitetônico doados pela Habitasul.
Embora
a Ajin não mais se responsabilizasse pela execução do projeto do
templo, ela continuou a ter no futuro prédio uma área privativa
para instalar ali sua sede social, além de usar o mesmo espaço que
seria destinado às celebrações religiosas para as suas atividades
associativas de caráter político-social.
Ao
longo de quase dez anos, a convivência das igrejas no espaço
compartilhado mostrou-se difícil, por vezes, a ponto da IECLB
retirar-se formalmente do projeto. Além disso, a Igreja São
Francisco de Assis perdia sua disponibilidade para as pastorais e
atividades evangelizadoras, e se via obrigada a abrir mão de seus
santos de devoção, seu presépio de Natal, suas festas religiosas
e do Sacrário atrás do altar (ele foi levado para uma espécie de
sacristia estabelecida no fundo do edifício provisório de madeira
construído no terreno).
Alguns
fiéis católicos abandonaram o projeto comunitário desde o
início, logo que perceberam que ali não havia sentimento
religioso, diálogo fraterno, amor a Deus e à Igreja, mas
interesses confusos, indefinidos, conflituosos, desrespeitosos com o
sagrado. O projeto comunitário se mostrou apartado da fé, não
visava a verdadeira religião, cada vez mais configurava-se como um
espaço multiuso, mais de interesse empresarial (Habitasul) e social
(Ajin) que religioso, portanto, incompatível com a fé e a doutrina católica.
O
desvio de finalidade e de propósito do projeto religioso
comunitário foi motivo de reuniões tanto com a entidade Comunidade
Cristão do Templo de Jurerê Internacional quanto com a Habitasul,
mas essas tentativas de retomada do projeto religioso original não
surtiram efeito. Então, o assunto foi levado ao
conhecimento do Arcebispo Metropolitanto de Florianópolis, que com
a graça de Deus, sob a orientação do Espírito Santo, decidiu
socorrer a Igreja São Francisco de Assis de Jurerê. E um belo e
amplo terreno foi adquirido pela Cúria Metropolitana, em
12/12/2010, dia da festa de Nossa Senhora de Guadalupe (o contrato
foi assinado em 13/12/2010, devido ao dia anterior ter sido um
domingo). Ali, se Deus quiser, será construído o edifício da Igreja, será uma
casa de oração, um lugar de encontro de Deus com seu povo.
01/2011.
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