IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
JURERÊ
INTERNACIONAL - FLORIANÓPOLIS
SANTA
CATARINA - BRASIL
TEXTOS
COMPARTILHADOS
"É
perdoando que se é perdoado."
By Richaddays(*)
Deus,
criador de todas as coisas, ama cada um de nós, incondicionalmente.
Com amor, o Criador criou o universo, e neste a Terra, e acima desta
o céu, a morada dos anjos, dos santos e dele próprio, o verdadeiro
Deus, único e onipotente.
Na
Terra fez a natureza, uma criação tipicamente sua, pois é sábia
e bela, desde o subsolo do oceano mais profundo até o cume da
montanha mais alta, desde o organismo mais simples até o homem mais
capaz.
Na
criação do mundo, ao homem coube habitar no paraíso, para viver
eternamente feliz, em paz e harmonia com Deus e com toda a sua
natureza. Porém, seduzido pelo demônio, o homem abdicou da
harmonia com Deus e, pela desobediência à vontade do criador,
perdeu a imortalidade e a paz, e tornou-se perecível, um escravo do
pecado, mergulhando nas trevas, conhecendo a dor e experimentando a
infelicidade.
O
amor de Deus subsistiu à infidelidade do homem, que a este dedicou
sua misericórdia e firmou com a humanidade uma aliança, primeiro
por meio de Noé, depois por meio de seus servos Abraão, Isaac e
Jacó, seu escolhido. Assim, elegeu Deus os hebreus como o seu povo,
para serem os precursores de uma nova era de reconciliação com o
ele, Criador do céu e da terra.
Mas
os hebreus se afastaram de Deus, e em conseqüência tornaram-se
escravos no Egito. Porém, Deus manteve-se fiel a sua promessa feita
aos patriarcas do povo hebreu e, por meio de Moisés, libertou os
judeus da escravidão no Egito, conduzindo-os, em penitência por
uma longa peregrinação pelo deserto, até a terra prometida de
Canaã, onde jorrava leite e mel. Ainda por meio de Moisés, Deus
deu aos hebreus as tábuas da Lei, contendo os dez mandamentos que
todos deveriam obedecer, especialmente os dois principais: amar a
Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.
Recalcitrante
e ingrato, o povo judeu continuou a desobedecer aos profetas, os
eleitos de Deus, e que a seu favor intercediam junto ao Pai, e
voltou a se afastar do Criador. Longe de Deus, os judeus viveram em
guerras e humilharam-se diante de povos pagãos. Mas, o Pai, mais
uma vez, atendeu ao clamor daqueles que o temiam, e teve
misericórdia de seu povo, capacitando a Davi, jovem corajoso e fiel
a Deus, para livrar os judeus da humilhação frente ao povo
filisteu. Davi abateu o campeão dos pagãos, o gigante Golias, e
devolveu aos hebreus a prosperidade e a dignidade diante de todos os
demais povos.
Os
judeus, novamente, se mostraram ingratos, e pediram ao profeta
Samuel, que a época era o homem por meio do qual Deus conduzia o
seu povo, que fosse eleito um rei para governá-los. Assim, foi
escolhido Saul, que, posteriormente, mostrando-se infiel a Deus foi
substituído por Davi.
Pela
fidelidade do Rei Davi, Deus prometeu-lhe manter eternamente sua
posteridade sobre o trono de Israel, desde que seus descendentes a
ele também fossem fiéis, observassem seus preceitos e só a ele
adorassem.
A
fidelidade, definitivamente, não era uma qualidade do povo hebreu.
A descendência de Davi que o sucedeu no trono de Israel, a começar
pelo Rei Salomão, edificou templos a deuses pagãos, desobedecendo
às ordens do Senhor, único e verdadeiro Deus. Como conseqüência
de sua infidelidade, o povo judeu foi novamente dividido, restando
à descendência de Davi, por fidelidade de Deus a sua palavra dada
a este, o reino de Judá e a cidade de Jerusalém, que abrigava o
templo do Senhor.
Dividido
e em freqüentes guerras, e subjugado por outros povos, os judeus
viveram por longos anos. Mas, o Senhor, fiel a sua palavra dada aos
patriarcas e ao seu servo Davi, firmou uma nova e definitiva
aliança em Jesus Cristo, filho unigênito de Deus, nascido de
Maria, esposa de José, ambos descendentes de Davi.
O
Verbo Encarnado, o Messias, o Redentor e Salvador, por sua paixão e
morte na cruz, justificou toda a humanidade, merecendo diante de
Deus o perdão dos pecados daqueles que nele criam e que o tinham
como senhor de suas vidas, reconciliando-os com o Pai e os
reconduzindo à morada eterna. A missão salvífica de Jesus,
fundamentada no amor divino e que se tornou realidade graças à
colaboração de Maria e de José e à inspiração do Espírito
Santo de Deus, que sobre ele desceu e fez morada, também a nós se
aproveita, hoje e sempre.
Essa
é a resumida história da humanidade à luz da fé, segundo a
palavra de Deus, constante das sagradas escrituras que de Cristo
dão testemunho. Nessa história pode-se identificar as posições
opostas a Deus assumidas pelos homens. Tais posições
caracterizam-se pela desobediência, pela ingratidão e pela
infidelidade humana, e contrapõem-se ao amor eterno, à
misericórdia infinita e à fidelidade inabalável de Deus.
A
fraqueza humana diante do pecado manifestou-se pela primeira vez por
Adão, o primeiro homem. Entretanto, o novo Adão, o Verbo
Encarnado, habitou entre nós, e vivendo como homem perfeito venceu
o pecado, as tentações do demônio, a morte eterna.
Com
Jesus, o Cristo de Deus, o amor foi resgatado no íntimo de cada
pessoa; e o Espírito Santo, que nele habitou e que por ele foi
enviado no dia de Pentecostes, quando invocado com autêntica fé, a
todos vem para motivar, conduzir e habitar no coração,
independentemente de origem ou posição social de quem o assim
invoca. Em Cristo, portanto, a lei de Deus veio em definitivo
estabelecer-se no amor, no amor a Deus acima de tudo, amor este que
transborda do coração dos que tem o Cristo como Senhor, em favor
do irmão pecador em Adão e santo em Jesus.
Amar
é a nova lei e a única condição imposta pelo Messias para que
alguém obtenha o perdão de seus pecados e a salvação de sua
alma. Pois, quem ama tem o Espírito de Deus dentro de si, e se o
Espírito nessa pessoa habita é porque ela vive na graça, e toda
graça provém do Pai.
A
expressão mais nítida e efetiva do amor e da graça divina é a
capacidade de perdoar. Pois, quem perdoa o próximo age segundo o
Evangelho de Jesus – "Novo mandamento vos dou: amai-vos uns
aos outros. Como eu vos amei (a vós) assim também deveis amar uns
aos outros" (Jo 13, 14). Jesus a todos amou e perdoou, fazendo
a vontade do Pai, que mandou amar o próximo como a si mesmo. E,
quem faz a vontade do Pai, esse é amigo, irmão e mãe de Jesus.
Assim,
para obtermos a graça do Pai, o perdão de nossas faltas e, por
conseguinte, a reconciliação com Deus, a salvação de nossa alma,
e então alcançarmos a vida eterna no reino de amor que para todos
o Senhor reservou, é necessário perdoar, não apenas 7 vezes, mas
70 vezes 7 ou sempre, qualquer que seja a mágoa e quem quer que
seja aquele que nos tenha magoado. Só assim haverá sinceridade
quando rezarmos a oração que Jesus nos ensinou: "Pai Nosso
que estais nos céus,... perdoai as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido..."
Recordemos,
porém, que o primeiro perdão deve ser dirigido a nós mesmos, pois
tantas vezes, mesmo inconscientemente, agimos causando mágoa ou
prejuízo a nós próprios. Em seguida, devemos perdoar aqueles que
mais próximos de nós estão, os membros de nossa família, e como
toda família cristã começa no matrimônio, então devemos estar
sempre prontos a perdoar nosso cônjuge. Depois, então, devemos
perdoar os demais irmãos, pecadores e santos como nós, por todas
as mágoas ou prejuízos que, voluntária ou involuntariamente, nos
tenham causado.
Agindo
desse modo, portanto, estaremos aptos a pedir o perdão de Deus, que
reconhecendo em nós um coração piedoso, terá também de nós
piedade e misericórdia, e nos purificará de toda falta, permitindo
que, enfim, vivamos em plenitude o amor herdado de Cristo, e com
fé, esperança e caridade, gozemos eternamente a graça divina.
(*)
By Richaddays - Mar/2002
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